terça-feira, 22 de maio de 2012

A T.A. e o Chão da Sala de Aula - Assistiva pra quem 'Rapá'??


Pôxa...
Lá vem esse cara chato criar problema de novo!!!

Ah... não quero saber se é essa a sua opinião. Vou ser chato (de novo)!
O tema é profundo, intrigante, essencial, e, como afirma o Prof. Teófilo Galvão, um conceito razoavelmente novo que ainda está em processo de construção, de solidificação.

Li o texto do Prof Teófilo, “Tecnologia Assistiva: De que se Trata?” e compreendi um pouco do conceito, da noção básica do que viria a ser T.A. E foi graças a esse texto, que pude ampliar até mesmo minha compreensão sobre aquilo que achava que entendia sobre o tema. Para mim T A , já que na sua nomeclatura vem a expressão 'tecnologia', me limitava a pensar que se tratava de tecnologia (científica) avançada, como equipamentos de última geração que promoveriam certo bem estar a pessoas com necessidades especiais. É também isso. Mas uma bengala, uma muleta pode ser considerada, de certo modo, como TA.

Até então estava tudo azul e bonito como a novela das seis. De repente li o texto de Mônica Peregrino (Armadilhas da Exclusão: Um Desafio para a Análise) e o capítulo 6 da Tese do Prof Teófilo (Analisando a realidade Encontrada e Inferindo Possibilidades) e meu mundo de algodão doce e alegria retornou mais uma vez ao seu normal num inverno no inferno nevando brasas de um céu negro.

Isso porque, inevitavelmente, lembrei do curso de Especialização promovido pela UFBA / FACED destinado a professores da rede Municipal de ensino que findou no ano passado, que participei como professor. Lembrei de alguns alunos e alunas que me procuravam durante os intervalos das aulas ou em intermináveis conversas via Skype, telefone ou Msn para desabafar sobre a sua situação em sala de aula com crianças com necessidades especiais.

Ambos, professores e alunos, foram jogados uns diante dos outros para que dessem vida ou para que justificassem, direta ou indiretamente, o equivoco comum que se tem da noção de inclusão. De repente professores da Rede Municipal começaram a analisar as suas ações diante dessa situação e pude perceber, num discurso comum a todos eles, que se consideravam e declaravam a quem quisesse escutar, como mecanismos promotores de exclusão.

Outro discurso comum entre aqueles tantos, que na maioria das vezes vinham acompanhados de lágrimas que lhes saltavam dos olhos, é que eram mães e pais de família e que não conseguiam dissociar o fato de que poderiam ser os seus filhos lançados naquelas condições e que teriam um professor que, como eles, não saberiam o que fazer em sala de aula. Eles começaram a ler sobre Tecnologia Assistiva e a tentar fazer TCC's no intuito de minimizar ou de 'purificar' aquele sentimento de culpa sobre suas atividades do dia a dia.

Gostaria então, nesse contexto, nesse momento, a sugerir aos colegas de sala e as meninas que irão apresentar o seminário sobre T.A, (que com certeza darão conta do recado, pois são muito competentes – basta observar a clareza e precisão de seus discursos) que ao menos digam o que pensam sobre políticas públicas que promovem a ' inclusão' na rede Municipal de educação de crianças com necessidades especiais e a realidade dessas nas salas de aula.

Não sei se as coisas melhoraram no último ano e meio – espero que sim. É, no meu entendimento, necessário revermos um pouquinho, dentro do tema de TA, mais esse equivoco político sobre o conceito de 'inclusão de gabinete'. Me senti pouco mais seguro em propor essa discussão na medida em que minha leitura do capítulo 6 do prof Teofilo avançava e ia se descortinando também algumas situações encontradas por ele durante sua pesquisa.

Vou ali tomar meu chá de camomila e meu suquinho de maracujá.

sábado, 5 de maio de 2012

Mas que Diabos é Interatividade?


Como se não bastasse toda a insuficiência conceitual da palavra 'interatividade', lá vem agora o conceito de 'interação'. Ainda em tempo: Não é na verdade a insuficiência conceitual e sim o volume grande de conceitos diferentes sobre o tema sem um 'chão firme'.

Pra ser bem sincero e direto, vou me utilizar de uma representação bem simples para tentar expor a minha opinião conceitual (do que até então achava suficiente) do que é (ou era) interatividade e interação:

Interatividade era a capacidade de qualquer equipamento em si em promover a interação entre/com outros equipamentos, suportes, plataformas... e interação seria o resultado desse processo; Como se interação fosse o processo e o resultado (ação) e interatividade fosse a capacidade de tal equipamento (veículo).

Após as leituras indicadas pela equipe que apresenta o seminário, ai sim, a coisa toda virou um bolo só. Depois do texto de Levy no livro “Cibercultura”, ainda estou tentando compreender: penso que tenha a ver não só com a capacidade de relação (o relacionar-se com), mas também com o de colaborar, remixar, expor, transformar, construir junto...

Na página 83 do livro de Levy, o Quadro 3 mostra os diferentes tipos de interatividade. Tentei visualizá-lo de forma sistemática e percebi que ele ' explica' que o processo de interatividade nas redes é muito mais percebendo as potencialidades dessa e reconfigurando o termo, não só com a capacidade de relação, mas principalmente de participação efetiva entre vários atores, 'modificando' continuamente determinado produto.

Vou dar um exemplo pessoal: num jogo virtual offline meu processo de interatividade é bastante limitado pois refere-se a eu e a I.A. (Inteligência Artificial) do Console. Mas quando jogo online a situação é bem outra. Me sinto completamente imerso no processo; me sinto como parte integrada de um processo que eu não pertencia se estivesse offline, principalmente pela presença simulada de outros. Ou seja, jogando online eu penso estar passando por um 'processo de significação coletiva' 
(vários – Tecnologias e Novas Educações, p. 129).


Então por favor Sigmar, Harlei e Ugo...expliquem mais... 
Expliquem direito pq sinto que falei, falei, mas que não disse nada!!!!.

abr