Pôxa...
Lá vem esse cara chato
criar problema de novo!!!
Ah... não
quero saber se é essa a sua opinião. Vou ser chato (de novo)!
O tema é
profundo, intrigante, essencial, e, como afirma o Prof. Teófilo
Galvão, um conceito razoavelmente novo que ainda está em processo
de construção, de solidificação.
Li o
texto do Prof Teófilo, “Tecnologia Assistiva: De que se Trata?”
e compreendi um pouco do conceito, da noção básica do que viria a
ser T.A. E foi graças a esse texto, que pude ampliar até mesmo
minha compreensão sobre aquilo que
achava que entendia sobre o tema. Para mim T A , já que
na sua nomeclatura vem a expressão 'tecnologia', me limitava a
pensar que se tratava de tecnologia (científica) avançada, como
equipamentos de última geração que promoveriam certo bem estar a
pessoas com necessidades especiais. É também isso. Mas uma bengala,
uma muleta pode ser considerada, de certo modo, como TA.
Até
então estava tudo azul e bonito como a novela das seis. De repente
li o texto de Mônica Peregrino (Armadilhas da Exclusão: Um
Desafio para a Análise) e o capítulo 6 da Tese do Prof Teófilo
(Analisando a realidade Encontrada e Inferindo Possibilidades) e meu mundo de algodão doce e alegria retornou mais uma vez ao seu
normal num inverno no inferno nevando brasas de um céu negro.
Isso
porque, inevitavelmente, lembrei do curso de Especialização
promovido pela UFBA / FACED destinado a professores da rede Municipal
de ensino que findou no ano passado, que participei como professor.
Lembrei de alguns alunos e alunas que me procuravam durante os
intervalos das aulas ou em intermináveis conversas via Skype, telefone ou Msn
para desabafar sobre a sua situação em sala de aula com crianças
com necessidades especiais.
Ambos,
professores e alunos, foram jogados uns diante dos outros para que
dessem vida ou para que justificassem, direta ou indiretamente, o
equivoco comum que se tem da noção de inclusão. De
repente professores da Rede Municipal começaram a analisar as suas
ações diante dessa situação e pude perceber, num discurso comum
a todos eles, que se consideravam e declaravam a quem quisesse
escutar, como mecanismos promotores de exclusão.
Outro
discurso comum entre aqueles tantos, que na maioria das vezes vinham
acompanhados de lágrimas que lhes saltavam dos olhos, é que eram
mães e pais de família e que não conseguiam dissociar o fato de
que poderiam ser os seus filhos lançados naquelas condições e que
teriam um professor que, como eles, não saberiam o que fazer em sala
de aula. Eles começaram a ler sobre Tecnologia Assistiva e a tentar
fazer TCC's no intuito de minimizar ou de 'purificar' aquele
sentimento de culpa sobre suas atividades do dia a dia.
Gostaria
então, nesse contexto, nesse momento, a sugerir aos colegas de sala
e as meninas que irão apresentar o seminário sobre T.A, (que com
certeza darão conta do recado, pois são muito competentes – basta
observar a clareza e precisão de seus discursos) que ao menos digam
o que pensam sobre políticas públicas que promovem a ' inclusão' na
rede Municipal de educação de crianças com necessidades especiais
e a realidade dessas nas salas de aula.
Não
sei se as coisas melhoraram no último ano e meio – espero que sim. É, no meu entendimento, necessário revermos um pouquinho,
dentro do tema de TA, mais esse equivoco político sobre o conceito
de 'inclusão de gabinete'. Me senti pouco mais seguro em propor essa discussão
na medida em que minha leitura do capítulo 6 do prof Teofilo
avançava e ia se descortinando também algumas situações
encontradas por ele durante sua pesquisa.
Vou ali tomar meu chá de camomila e meu suquinho de maracujá.
Nossa Júlio, que texto provocante!!!! risos...
ResponderExcluirPensar nos recursos proporcionados pela Tecnologia Assistiva é bem interessante, mas também pensar nas dificuldades encontradas pelos meus colegas professores e inclusive por mim mesma para verdadeiramente incluir os alunos com deficiência diante da não existência desses recursos na prática é um tema que com certeza nos deixa insatisfeitos e provocados!!!
Vamos tentar dialogar sobre isso!!!